9/10/2007

O MUNDO AO CONTRÁRIO

Estas férias permitiram-me, entre outras coisas, confirmar que muita da polémica sobre o fecho de serviços públicos não passa da velha e carunchosa atitude bairrista tão querida dos portugas.

No fundo não está demonstrado que se justifica que a cidade A necessite de um hospital, quando tem um hospital a 15 minutos. Ou do tribunal, ou de Finanças. Simplesmente ninguém quer perder para o vizinho do lado.

Acrescente-se que a maioria do emprego nestas cidades é público ou depende dos serviços públicos, que a desproporção entre dinheiros públicos e população não se consegue explicar pelos "custos da interioridade" e que não por acaso, muitas destas médias cidades estão entre as de maior qualidade de vida.

Muitas sedes de concelho têm menos população que alguns bairros do subúrbio.

De facto existem portugueses de primeira e de segunda. Só que ao contrário do que se afirma, os de segunda não vivem em Idanha-a-Nova, em Belmonte ou em Penamacor. Vivem na Amadora, em Mem Martins ou no Seixal.

Sem comentários: