Francisco Louçã apareceu na política portuguesa há muitos anos, quando grande parte dos seus apoiantes de hoje ainda viam a Pipi das Meias Altas. Louçã tem a tarimba das intermináveis discussões feitas de estocadas de florete entremeadas com golpes de martelo-pilão, que caracterizou durante anos um habitat muito particular da política portuguesa – a esquerda dita revolucionária. Hoje, com um mimetismo curioso (ou talvez não, dado que muitos dos protagonistas são os mesmos) a sua função é ocupada por uma “fauna” que embevece qualquer David Attenborough da política – os liberais (seja lá o que isso for).
No final dos anos 90, Louçã conseguiu finalmente tornar os jovens lobos numa coisa séria q.b. – O Bloco de Esquerda.
Sobretudo porque Louçã, goste-se ou não das suas posições, está muito acima da mediania que caracteriza o resto do grupo, percebeu por que caminho tinha espaço para avançar, o Bloco cresceu.
E quando parecia que o caminho iria ser feito com relativa calma, as coisas complicaram-se.
Primeiro com o mau desempenho nas autárquicas de 2005. Depois com os péssimos resultados nas Presidenciais. A confusão estava instalada e o rumo escolhido parecia ser quase suicidário. Louçã (ou o Bloco) resolveu virar-se para os sindicatos que desde sempre tinham sido dominados pelo PC. O PC, que em qualquer circunstância ficaria com um sentimento de despeito, pior ficou, dado que o comité central é hoje constituído por muitos sindicalistas (a começar em Jerónimo). Para mais quando Carvalho da Silva está longe de ter a confiança do comité (basta ver José Ernesto Cartaxo no papel de sombra). O PC reagiu violentamente.
Dir-se-ia que com violência a mais, o que não admira, dada a miopia da actual direcção. Procurou escorraçar o Bloco da GCTP e satélites adjacentes.
E, na ânsia de marcar posição marcou (entre outras razões) a Greve Geral. Francisco Louçã, com lodo até ao pescoço, sorriu.
A greve geral foi o maior insucesso de Jerónimo de Sousa e um ramo que permitiu ao Bloco e sobretudo a Louça sair do pântano. Dias depois, Louçã, sentenciava, ufano que os sindicatos não eram propriedade de nenhum partido (estou a citar de côr).
Louçã, depois de quase dois anos de chafurdice no pântano, estava agora de regresso à planície. Tudo graças ao PCP.
A política é mesmo irónica, não é?
No final dos anos 90, Louçã conseguiu finalmente tornar os jovens lobos numa coisa séria q.b. – O Bloco de Esquerda.
Sobretudo porque Louçã, goste-se ou não das suas posições, está muito acima da mediania que caracteriza o resto do grupo, percebeu por que caminho tinha espaço para avançar, o Bloco cresceu.
E quando parecia que o caminho iria ser feito com relativa calma, as coisas complicaram-se.
Primeiro com o mau desempenho nas autárquicas de 2005. Depois com os péssimos resultados nas Presidenciais. A confusão estava instalada e o rumo escolhido parecia ser quase suicidário. Louçã (ou o Bloco) resolveu virar-se para os sindicatos que desde sempre tinham sido dominados pelo PC. O PC, que em qualquer circunstância ficaria com um sentimento de despeito, pior ficou, dado que o comité central é hoje constituído por muitos sindicalistas (a começar em Jerónimo). Para mais quando Carvalho da Silva está longe de ter a confiança do comité (basta ver José Ernesto Cartaxo no papel de sombra). O PC reagiu violentamente.
Dir-se-ia que com violência a mais, o que não admira, dada a miopia da actual direcção. Procurou escorraçar o Bloco da GCTP e satélites adjacentes.
E, na ânsia de marcar posição marcou (entre outras razões) a Greve Geral. Francisco Louçã, com lodo até ao pescoço, sorriu.
A greve geral foi o maior insucesso de Jerónimo de Sousa e um ramo que permitiu ao Bloco e sobretudo a Louça sair do pântano. Dias depois, Louçã, sentenciava, ufano que os sindicatos não eram propriedade de nenhum partido (estou a citar de côr).
Louçã, depois de quase dois anos de chafurdice no pântano, estava agora de regresso à planície. Tudo graças ao PCP.
A política é mesmo irónica, não é?
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