6/29/2007
ENTRETIDOS COM A BANDA DESENHADA DO HOMEM-ARANHA, NINGUÉM LÊ RUSSELL?
O mais espantoso do caso do dia “Centro de Saúde” é que ninguém faz a pergunta que realmente importa: Mas porque raio é que um director de centro de saúde é escolhido pela sua filiação/simpatia partidária? Seja PC, PS, PSD ou CDS e futuramente BE.
A DIRECTORA, O MARIDO, O MÉDICO E O VEREADOR
a directora do centro de saúde de vieira do Minho, casada com o vice-presidente da câmara lá do sítio, foi exonerada por não ter impedido que um médico desse centro de saúde, também vereador na mesma câmara, colocasse um qualquer cartaz alusivo ao ministro da saúde. foi substituída por um senhor, também vereador numa das câmaras da região.
(esta estória não merece maiúsculas)
É o Portugal dos Pequeninos, dos aparelhos partidários locais a funcionar num estado de despeito autocrático, o outro lado do espelho do Estado de Direito Democrático oficial.
Que La Féria aproveite a história e faça uma boa ópera bufa.
(esta estória não merece maiúsculas)
É o Portugal dos Pequeninos, dos aparelhos partidários locais a funcionar num estado de despeito autocrático, o outro lado do espelho do Estado de Direito Democrático oficial.
Que La Féria aproveite a história e faça uma boa ópera bufa.
6/28/2007
DEPOIS DO PÂNTANO, FINALMENTE A PLANÍCIE
Francisco Louçã apareceu na política portuguesa há muitos anos, quando grande parte dos seus apoiantes de hoje ainda viam a Pipi das Meias Altas. Louçã tem a tarimba das intermináveis discussões feitas de estocadas de florete entremeadas com golpes de martelo-pilão, que caracterizou durante anos um habitat muito particular da política portuguesa – a esquerda dita revolucionária. Hoje, com um mimetismo curioso (ou talvez não, dado que muitos dos protagonistas são os mesmos) a sua função é ocupada por uma “fauna” que embevece qualquer David Attenborough da política – os liberais (seja lá o que isso for).
No final dos anos 90, Louçã conseguiu finalmente tornar os jovens lobos numa coisa séria q.b. – O Bloco de Esquerda.
Sobretudo porque Louçã, goste-se ou não das suas posições, está muito acima da mediania que caracteriza o resto do grupo, percebeu por que caminho tinha espaço para avançar, o Bloco cresceu.
E quando parecia que o caminho iria ser feito com relativa calma, as coisas complicaram-se.
Primeiro com o mau desempenho nas autárquicas de 2005. Depois com os péssimos resultados nas Presidenciais. A confusão estava instalada e o rumo escolhido parecia ser quase suicidário. Louçã (ou o Bloco) resolveu virar-se para os sindicatos que desde sempre tinham sido dominados pelo PC. O PC, que em qualquer circunstância ficaria com um sentimento de despeito, pior ficou, dado que o comité central é hoje constituído por muitos sindicalistas (a começar em Jerónimo). Para mais quando Carvalho da Silva está longe de ter a confiança do comité (basta ver José Ernesto Cartaxo no papel de sombra). O PC reagiu violentamente.
Dir-se-ia que com violência a mais, o que não admira, dada a miopia da actual direcção. Procurou escorraçar o Bloco da GCTP e satélites adjacentes.
E, na ânsia de marcar posição marcou (entre outras razões) a Greve Geral. Francisco Louçã, com lodo até ao pescoço, sorriu.
A greve geral foi o maior insucesso de Jerónimo de Sousa e um ramo que permitiu ao Bloco e sobretudo a Louça sair do pântano. Dias depois, Louçã, sentenciava, ufano que os sindicatos não eram propriedade de nenhum partido (estou a citar de côr).
Louçã, depois de quase dois anos de chafurdice no pântano, estava agora de regresso à planície. Tudo graças ao PCP.
A política é mesmo irónica, não é?
No final dos anos 90, Louçã conseguiu finalmente tornar os jovens lobos numa coisa séria q.b. – O Bloco de Esquerda.
Sobretudo porque Louçã, goste-se ou não das suas posições, está muito acima da mediania que caracteriza o resto do grupo, percebeu por que caminho tinha espaço para avançar, o Bloco cresceu.
E quando parecia que o caminho iria ser feito com relativa calma, as coisas complicaram-se.
Primeiro com o mau desempenho nas autárquicas de 2005. Depois com os péssimos resultados nas Presidenciais. A confusão estava instalada e o rumo escolhido parecia ser quase suicidário. Louçã (ou o Bloco) resolveu virar-se para os sindicatos que desde sempre tinham sido dominados pelo PC. O PC, que em qualquer circunstância ficaria com um sentimento de despeito, pior ficou, dado que o comité central é hoje constituído por muitos sindicalistas (a começar em Jerónimo). Para mais quando Carvalho da Silva está longe de ter a confiança do comité (basta ver José Ernesto Cartaxo no papel de sombra). O PC reagiu violentamente.
Dir-se-ia que com violência a mais, o que não admira, dada a miopia da actual direcção. Procurou escorraçar o Bloco da GCTP e satélites adjacentes.
E, na ânsia de marcar posição marcou (entre outras razões) a Greve Geral. Francisco Louçã, com lodo até ao pescoço, sorriu.
A greve geral foi o maior insucesso de Jerónimo de Sousa e um ramo que permitiu ao Bloco e sobretudo a Louça sair do pântano. Dias depois, Louçã, sentenciava, ufano que os sindicatos não eram propriedade de nenhum partido (estou a citar de côr).
Louçã, depois de quase dois anos de chafurdice no pântano, estava agora de regresso à planície. Tudo graças ao PCP.
A política é mesmo irónica, não é?
6/01/2007
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