Gente das Direitas e alguns das Esquerdas estremeceram de contentamento quando o Sr. Sarkozy foi escolhido como novo presidente da França.
Até porque o homem, passadas as necessidades estratégicas de flirt com a direita mais recalcitrante, mergulhou na 3ª via.
Alguns espíritos menos atentos rejubilaram com a nova aquisição, convencidos que Sarkozy seria um novo Blair.
O seu programa é mais uma tentativa de ter o melhor de dois mundos, seguindo também nisso Blair.
Sarkozy até pode ser melhor que Blair, digamos um upgrade de Blair.
Nada altera o problema de fundo.
Sarkozy é o presidente de um país que há muito só existe na cabeça dos franceses. Que há muito deixou de ter qualquer relevância cultural, social e civilizacional na Europa.
A história da França na Europa é esclarecedora. Sendo impossível pô-los fora por causa da sua localização geográfica, os franceses têm mantido o seu status quo à conta disso, com e sem cadeiras vazias. Perderam o império, mas continuam a comportar-se como um Império. Perderam a liderança intelectual da Europa e ressentidos com aquilo que consideram ser a falta de reconhecimento da sua superioridade, olham todos os outros com desprezo.
Naquilo que constitui a vida quotidiana dos europeus, não há um único símbolo francês da cultura pop. Um livro, um cantor, uma ideia. Nada.
A selecção francesa de futebol tinha nomes tão franceses como Zinedine Zidane ou Djorkaeff.
O Tintin, ou Jacques Brel são belgas.
A última encarnação de Marianne, Laetitia Casta, é um bocado de plástico deslavado, comparada com as antecessoras Deneuve e Bardot.
Não é um país. É um umbigo gigante.
Ora não me parece que Sarkozy seja o homem que do Eliseu diga, alto e bom som diga aquilo que os franceses precisam de ouvir.
Que o império acabou, que a França não é referência para ninguém em nenhuma parte do mundo a não ser em França e que o nível de vida dos franceses só se tem mantido com recursos a meios que a ética apregoada pelos próprios condena.
Sarkozy não o vai fazer, simplesmente porque se o tentasse era rapidamente engavetado no Hospice de Bicetre.
Até porque o homem, passadas as necessidades estratégicas de flirt com a direita mais recalcitrante, mergulhou na 3ª via.
Alguns espíritos menos atentos rejubilaram com a nova aquisição, convencidos que Sarkozy seria um novo Blair.
O seu programa é mais uma tentativa de ter o melhor de dois mundos, seguindo também nisso Blair.
Sarkozy até pode ser melhor que Blair, digamos um upgrade de Blair.
Nada altera o problema de fundo.
Sarkozy é o presidente de um país que há muito só existe na cabeça dos franceses. Que há muito deixou de ter qualquer relevância cultural, social e civilizacional na Europa.
A história da França na Europa é esclarecedora. Sendo impossível pô-los fora por causa da sua localização geográfica, os franceses têm mantido o seu status quo à conta disso, com e sem cadeiras vazias. Perderam o império, mas continuam a comportar-se como um Império. Perderam a liderança intelectual da Europa e ressentidos com aquilo que consideram ser a falta de reconhecimento da sua superioridade, olham todos os outros com desprezo.
Naquilo que constitui a vida quotidiana dos europeus, não há um único símbolo francês da cultura pop. Um livro, um cantor, uma ideia. Nada.
A selecção francesa de futebol tinha nomes tão franceses como Zinedine Zidane ou Djorkaeff.
O Tintin, ou Jacques Brel são belgas.
A última encarnação de Marianne, Laetitia Casta, é um bocado de plástico deslavado, comparada com as antecessoras Deneuve e Bardot.
Não é um país. É um umbigo gigante.
Ora não me parece que Sarkozy seja o homem que do Eliseu diga, alto e bom som diga aquilo que os franceses precisam de ouvir.
Que o império acabou, que a França não é referência para ninguém em nenhuma parte do mundo a não ser em França e que o nível de vida dos franceses só se tem mantido com recursos a meios que a ética apregoada pelos próprios condena.
Sarkozy não o vai fazer, simplesmente porque se o tentasse era rapidamente engavetado no Hospice de Bicetre.
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