Certos nomes, rótulos ou alcunhas acabam por definir efectivamente a substância do que anunciam.
Veja-se o exemplo da ESQUERDA PÁ, esse conjunto mais ou menos inorgânico de saudosos do PREC, do calor humano das manifestações, "istas" (maoistas, marxistas e na sua grande maioria chupistas) pseudo-reciclados, grilos falantes de café e tertúlias catitas.
O pá não vem do tique de acabar as frases com o tradicional pá!.
Nada disso.
É uma referência clara e óbvia ao utensílio doméstico.
A pá onde se juntou todo o lixo ideológico varrido pela história, feito de preconceito, ignorância e uma biblioteca com o seu muito peculiar Index Librorum Prohibitorum.
8/19/2008
AND NOW FOR SOMETHING COMPLETELY STUPID
A D. Helena Matos destaca-se pelo rigor, nesse funny new world que é a blogosfera. Pelo rigor, seriedade, isenção e quando está mais inspirada, por uma completa ausência de sentido do ridículo.
BATOTEIROS
Parece que a nação está um bocado deprimida por causa de medalhas. Longe vão os tempos em que quase todos os produtos que consumíamos tinham estampados nas embalagens uma dezena de medalhas (vencedor da medalha de oiro para o melhor óleo vegetal em Bruxelas 1880, Paris 1900, Londres 1930 etc.), reforçando esse mito português condensado no lema "o que é nacional é bom" - até porque não havia mais nada, com excepção de Badajoz, claro. Mas essa é outra história.
As medalhas de hoje são as olímpicas e "a malta" está não só desiludida como até ressentida com as justificações dos "Atletas".
Ora, vamos lá ver as coisas com calma. Nós somos dos melhores do mundo em quase tudo. Desde que em igualdade de circunstâncias com os outros.
No caso vertente, os outros (digamos, os atletas de todos os outros países) não estão em igualdade de circunstâncias com os nossos atletas. Têm vantagens que nem os melhores genes portugas conseguem ultrapassar. Treinaram. Durante anos a fio treinaram afincadamente. Levantavam-se de manhã (05.00) e davam a volta ao bairro, arrastando o desgraçado do cão. Os atletas tugas, levantavam-se um pouco mais tarde e atravessavam a rua, até ao café do bairro, arrastados pelo cão. Os portugueses são os únicos que estão lá pelo desporto. Os outros são profissionais, levam a coisa a sério.
Veja-se por exemplo aquele rapaz dos lançamentos, o Fortes. Raramente lança seja o que for, além das cascas de tremoços na esplanada do café. Tornou-se lançador por mero acaso. Estava no café e lançou uma casca de tremoço para o outro lado da rua, que acertou num senhor que por acaso tinha um primo que conhecia um senhor amigo de uma dirigente da secção de atletismo do Sporting. O rapaz só anda lá por causa do equipamento, por acaso o mais bonito do mundo. Ou o "atleta" que ficou intimidado ao ver tanta gente no estádio. Percebe-se. Está habituado a ver bancadas pré-fabricadas, onde invariavelmente só estão a mãe, o pai, a avó, o cão e a namorada, a puxar, histéricos, por ele.
Para o atleta tuga, todos os outros são criaturas estranhas e psicóticas.
A única excepção chama-se Vanessa. Treina como os outros, diariamente, durante semanas, meses, anos. Está pois em condições de igualdade.
Por isso, meus caros concidadãos, não há que ficar de monco caído.
Nós somos os melhores. Os outros é que fazem batota.
Treinam.
As medalhas de hoje são as olímpicas e "a malta" está não só desiludida como até ressentida com as justificações dos "Atletas".
Ora, vamos lá ver as coisas com calma. Nós somos dos melhores do mundo em quase tudo. Desde que em igualdade de circunstâncias com os outros.
No caso vertente, os outros (digamos, os atletas de todos os outros países) não estão em igualdade de circunstâncias com os nossos atletas. Têm vantagens que nem os melhores genes portugas conseguem ultrapassar. Treinaram. Durante anos a fio treinaram afincadamente. Levantavam-se de manhã (05.00) e davam a volta ao bairro, arrastando o desgraçado do cão. Os atletas tugas, levantavam-se um pouco mais tarde e atravessavam a rua, até ao café do bairro, arrastados pelo cão. Os portugueses são os únicos que estão lá pelo desporto. Os outros são profissionais, levam a coisa a sério.
Veja-se por exemplo aquele rapaz dos lançamentos, o Fortes. Raramente lança seja o que for, além das cascas de tremoços na esplanada do café. Tornou-se lançador por mero acaso. Estava no café e lançou uma casca de tremoço para o outro lado da rua, que acertou num senhor que por acaso tinha um primo que conhecia um senhor amigo de uma dirigente da secção de atletismo do Sporting. O rapaz só anda lá por causa do equipamento, por acaso o mais bonito do mundo. Ou o "atleta" que ficou intimidado ao ver tanta gente no estádio. Percebe-se. Está habituado a ver bancadas pré-fabricadas, onde invariavelmente só estão a mãe, o pai, a avó, o cão e a namorada, a puxar, histéricos, por ele.
Para o atleta tuga, todos os outros são criaturas estranhas e psicóticas.
A única excepção chama-se Vanessa. Treina como os outros, diariamente, durante semanas, meses, anos. Está pois em condições de igualdade.
Por isso, meus caros concidadãos, não há que ficar de monco caído.
Nós somos os melhores. Os outros é que fazem batota.
Treinam.
MAPA JUDICIÁRIO
Não analisei com a mínima atenção o novo Mapa Judiciário. No entanto tenho a certeza que é óptimo.
Para tal convicção foi suficiente a opinião do sr. Cluny. Tenho este modo lapidar, tosco até, de analisar as reformas da justiça. Tudo o que merece a desaprovação do sr. Cluny, com aquele ar de funcionário enfadado, tem o meu imediato e entusiástico apoio.
Cada um é para o que nasce. Estou absolutamente convencido que o sr. Cluny é daquelas criaturas colocadas na terra por Nosso Senhor para nos guiar. Um farol, portanto. Nunca se deve ir por onde vai o sr. Cluny.
Louvado seja.
Amén.
À mãe, ao pai e ao filho também.
Para tal convicção foi suficiente a opinião do sr. Cluny. Tenho este modo lapidar, tosco até, de analisar as reformas da justiça. Tudo o que merece a desaprovação do sr. Cluny, com aquele ar de funcionário enfadado, tem o meu imediato e entusiástico apoio.
Cada um é para o que nasce. Estou absolutamente convencido que o sr. Cluny é daquelas criaturas colocadas na terra por Nosso Senhor para nos guiar. Um farol, portanto. Nunca se deve ir por onde vai o sr. Cluny.
Louvado seja.
Amén.
À mãe, ao pai e ao filho também.
THE SILLY SEASON CHRONICLES
Há 2 semanas, o jornal "Expresso" publicava uma primeira página "metrossexual": Cavaco chateado com Sócrates por causa de Manuela. O artigo propriamente dito era uma imenso nada, feito de boatos, coincidências e mau jornalismo. Insinuava (?!) que o PR poderia vetar o novo Mapa Judiciário.
Afinal, o mapa foi promulgado.
Claro que o Expresso pode sempre alegar que era apenas uma hipótese e esperar que algum dos diplomas referidos no artigo venha a ser vetado, para afirmar retumbante, a sua sagacidade e conhecimento do milieu político, mas não deixa de ser um caso claro de frete político.
Ou se calhar nem isso. Se calhar é apenas e só mau jornalismo de verão.
Felizmente o Expresso é um jornal bojudo e bastante largo, o que dá muito jeito para pôr debaixo da gaiola dos pássaros.
Afinal, o mapa foi promulgado.
Claro que o Expresso pode sempre alegar que era apenas uma hipótese e esperar que algum dos diplomas referidos no artigo venha a ser vetado, para afirmar retumbante, a sua sagacidade e conhecimento do milieu político, mas não deixa de ser um caso claro de frete político.
Ou se calhar nem isso. Se calhar é apenas e só mau jornalismo de verão.
Felizmente o Expresso é um jornal bojudo e bastante largo, o que dá muito jeito para pôr debaixo da gaiola dos pássaros.
8/06/2008
A NÓDOA
O Dr. Vasco Graça Moura foi, nos tempos do cavaquismo, uma espécie de moicano, que pela sua retórica, gerou pequenos ódios.
Note-se que toda a sua capacidade argumentativa nunca conseguiu esconder o rísivel da substância. Que mais ridícula se tornou, quando se verificou, mais uma vez que o PSD era e é um partido sem ideologia, onde se confunde a liberdade de pensamento com o desconchavo doutrinário.
Esta atitude, vinda de alguém como o Sr. Moura, suscita-me a seguinte questão: o exercício político é um acto de razão ou de emoção?
Entendo que deve ser, na sua prática, um exercício da razão, sob pena de se tornar um facciosismo.
A tese central do Dr. Moura, tem subjacente uma realidade mais do que improvável, absolutamente desmentida pelos factos: no PSD, embora estejamos ideologicamente perto do PS, somos diferentes, melhores.
Não fundamenta, não justifica, não demonstra.
Ora, o Dr. Moura é demasiado inteligente para ser faccioso. Julga no entanto que a melhor maneira de agitar a populaça é apelar aos sentimentos mais primários, suscitar nos seus apaniguados e nos seus opositores coisas bem manipuláveis, evitando discutir assim o essencial.
Porque o essencial é de uma pobreza atroz, resultado de um PSD que não soube recuperar no penoso pós-cavaquismo.
O populismo do Dr. Meneses, mais tosco, foi substituído pelo populismo manipulador e mais burilado do Dr. Moura.
Por debaixo do sólido social-democrata Moura continua a existir um cínico, um timoneiro de trazer por casa.
O manipulador sobrevive das reacções dos outros, criatura mal amanhada que vai repetindo os mesmos gestos, espécie de personagem de filmes de ficção-científica de série B.
Temos pena. Anteontem a procriativa funcionalista, ontem o estrangeirado insípido, hoje o manipulador.
Não vou perder mais tempo com o Dr. Moura.
Amanhã esta gente pode estar no poder.
Copenhague, mon amour, here I came.
Note-se que toda a sua capacidade argumentativa nunca conseguiu esconder o rísivel da substância. Que mais ridícula se tornou, quando se verificou, mais uma vez que o PSD era e é um partido sem ideologia, onde se confunde a liberdade de pensamento com o desconchavo doutrinário.
Esta atitude, vinda de alguém como o Sr. Moura, suscita-me a seguinte questão: o exercício político é um acto de razão ou de emoção?
Entendo que deve ser, na sua prática, um exercício da razão, sob pena de se tornar um facciosismo.
A tese central do Dr. Moura, tem subjacente uma realidade mais do que improvável, absolutamente desmentida pelos factos: no PSD, embora estejamos ideologicamente perto do PS, somos diferentes, melhores.
Não fundamenta, não justifica, não demonstra.
Ora, o Dr. Moura é demasiado inteligente para ser faccioso. Julga no entanto que a melhor maneira de agitar a populaça é apelar aos sentimentos mais primários, suscitar nos seus apaniguados e nos seus opositores coisas bem manipuláveis, evitando discutir assim o essencial.
Porque o essencial é de uma pobreza atroz, resultado de um PSD que não soube recuperar no penoso pós-cavaquismo.
O populismo do Dr. Meneses, mais tosco, foi substituído pelo populismo manipulador e mais burilado do Dr. Moura.
Por debaixo do sólido social-democrata Moura continua a existir um cínico, um timoneiro de trazer por casa.
O manipulador sobrevive das reacções dos outros, criatura mal amanhada que vai repetindo os mesmos gestos, espécie de personagem de filmes de ficção-científica de série B.
Temos pena. Anteontem a procriativa funcionalista, ontem o estrangeirado insípido, hoje o manipulador.
Não vou perder mais tempo com o Dr. Moura.
Amanhã esta gente pode estar no poder.
Copenhague, mon amour, here I came.
8/04/2008
AINDA HÁ ESPERANÇA?
O Bloco de Esquerda tem cometido uma série de erros crassos na sua estratégia. Se alguns desses erros não passam para a opinião pública (v.g. a tentativa pouco prudente de ganhar o "seu" espaço na CGTP, que acabou menos mal perante a reacção despropositada e desproporcional do "apparatchik" comunista naquela central) outros são verdadeiras marteladas no seu eleitorado.
A "guerrilha" com Sá Fernandes é uma das maiores marteladas nos próprios pés que o Bloco dá. É estúpida. Com isto o Bloco dá a ideia de ter todos os defeitos dos aparelhos partidários (luta por lugares, constante clima de conspiração, grupelhos), sem apresentar nenhuma vantagem decorrente de uma organicidade mais soft.
Felizmente que uma réstia de bom senso ainda está presente no espírito de alguns bloquistas, como Daniel Oliveira, até porque existe espaço político à esquerda do PS e o PC, por mais que tente, não o consegue ocupar.
A "guerrilha" com Sá Fernandes é uma das maiores marteladas nos próprios pés que o Bloco dá. É estúpida. Com isto o Bloco dá a ideia de ter todos os defeitos dos aparelhos partidários (luta por lugares, constante clima de conspiração, grupelhos), sem apresentar nenhuma vantagem decorrente de uma organicidade mais soft.
Felizmente que uma réstia de bom senso ainda está presente no espírito de alguns bloquistas, como Daniel Oliveira, até porque existe espaço político à esquerda do PS e o PC, por mais que tente, não o consegue ocupar.
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